quarta-feira, 30 de outubro de 2013

30/10/2013 às 19h00 (Atualizado em 30/10/2013 às 19h45)

Bolsa de SP volta a cair, puxada pela petroleira de Eike Batista, que pede recuperação judicial

Ações da OGX caíram 20% e fecharam pregão custando só R$ 0,17, o seu recorde negativo
Reuters
OGX contribuiu para queda de 0,67% no Ibovespa desta quarta (30)Luiz Prado/Divulgação/BM&FBOVESPA
O principal índice da Bolsa de São Paulo teve nesta quarta-feira (30) a sua quinta queda em seis pregões, mais uma vez pressionado por um tombo da OGX, a petroleira do empresário Eike Batista, apesar da alta do setor de siderurgia, após a Usiminas divulgar seu primeiro resultado positivo em sete trimestres.
O Ibovespa caiu 0,67%, a 54.172 pontos. O giro financeiro do pregão foi de R$ 6,9 bilhões. Como na sessão da véspera, a queda de mais de 20% da OGX foi a maior influência negativa sobre o índice, com o papel encerrando o pregão na mínima histórica de R$ 0,17.
A endividada petroleira do empresário Eike Batista entrou com pedido de recuperação judicial nesta quarta-feira, informou a assessoria de imprensa da 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
Com isso, a negociação das ações da OGX na Bovespa ficará suspensa. O especialista em renda variável Rogério Oliveira, da Icap Brasil, comentou que há a hipótese de a empresa deixar a Bolsa.
— O pessoal já está ajustando as carteiras à hipótese de a empresa sair do Ibovespa.
As perdas do Ibovespa não foram maiores porque as ações preferenciais da Petrobras inverteram queda de mais de 2% registrada pela manhã e fecharam no azul. O analista Felipe Rocha, da Omar Camargo Corretora, falou sobre o cenário da Bolsa nesta quarta-feira.
— Houve alguns ruídos afetando a ação pela manhã, declarações do (ministro da Fazenda, Guido) Mantega, que depois foram amenizados por declarações adicionais. Ele disse que a metodologia para o reajuste de combustíveis não estava fixada.
O ministro da Fazenda disse ainda que a metodologia "é uma coisa séria e importante e não pode ser feita rapidamente de afogadilho". Na última segunda-feira (28), as ações da petroleira dispararam, após a companhia ter avisado que adotou uma fórmula de reajuste de longo prazo para os combustíveis.
Já o setor de siderurgia descolou-se da trajetória negativa da Bolsa, beneficiado pelos resultados da Usiminas, cujas ações preferenciais e ordinárias tiveram as maiores altas do Ibovespa.
A maior produtora de aços planos do Brasil teve lucro líquido de R$ 115 milhões no terceiro trimestre, ante prejuízo no mesmo período de 2012 e superando a previsão média de analistas de lucro de R$ 94 milhões.
No cenário externo, os mercados repercutiram a decisão do banco central dos Estados Unidos de manter seu programa de compra de títulos no ritmo de US$ 85 bilhões mensais.
Apesar da decisão do Federal Reserve ter confirmado as expectativas do mercado, as bolsas dos Estados Unidos operavam no vermelho, já que a autoridade monetária afirmou ter uma previsão de crescimento menor para a economia norte-americana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário