sexta-feira, 22 de novembro de 2013

PT manda filiados deixarem o Governo imediatamente

Petistas que não cumprirem a determinação poderão ser expulsos do partido
Poder | Em 22/11/13 às 09h37, atualizado em 22/11/13 às 09h42 | Por Jornal Correio da Paraíba/ Mislene Santos
Internet
Rodrigo Soares
A Executiva Estadual do PT aprovou resolução, nessa quinta-feira (21), segundo a qual os filiados que ocupam cargos no Governo do Estado, devem deixá-los imediatamente, sob pena de expulsão, de acordo com o deputado estadual Anísio Maia.
Ele afirmou que quem não cumprir a determinação será afastado do partido e não terá legenda para as eleições de 2014. “Isso serve para quem tem mandato e quem não tem, mas pretende disputar algum cargo eletivo nas próximas eleições”, disse o deputado.
O presidente estadual do PT, ex-deputado Rodrigo Soares, convidou os petista que tem vínculo do governo para construir a unidade partidária. “Estamos construindo uma nova força política no Estado e nós queremos a partir daí disputar as eleições para o governo e para o Senado junto com o bloco PT/PP/PSC”, declarou.  Além disso, ele disse que o partido pretende ampliar as bancadas na Câmara Federal e na Assembléia Legislativa. 
A resolução lembrou que o PSB rompeu com presidente Dilma Rousseff e que, no Estado, as duas legendas não integram o mesmo grupo desde a eleição de 2010. “A executiva desautoriza qualquer filiado a participar do governo estadual. O PT conclama os companheiros a deixarem à gestão do projeto antagônico a posição partidária”, diz a resolução.

TRE julga improcedente representação contra governador

Processo foi desprovido por unanimidade pelo pleno
Eleições | Em 22/11/13 às 09h08, atualizado em 22/11/13 às 09h32 | Por Jornal Correio da Paraíba/Adriana Rodrigues
Reprodução/Internet
Governador Ricardo Coutinho
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB) decidiu ontem, por unanimidade, julgar improcedente uma representação movida pelo PMDB contra o governador Ricardo Coutinho (PSB); a superintendente da Rádio Tabajara, Maria Eduarda Santos e os apresentadores Célio Alves e Fernando Caldeira, por suposta prática de propaganda eleitoral antecipada, em cadeia de mais de 20 emissoras de rádio comandada pela Rádio Tabajara, por meio do Programa Fala Paraíba.
O juiz Tércio Chaves de Moura, que atuou como relator da representação,  entendeu que os comentários feitos durante o programa Fala Paraíba não correspondem à propaganda extemporânea. Os sendo acompanhado em seu voto pelos juízes Breno Wanderley, Sylvio Porto, Rudival Gama e pelo desembargador Saulo Benevides, que participaram da sessão. O juiz Eduardo José de Carvalho teve à ausência justificada porque estava cumprindo agenda no Sertão.
O relator acatou os argumentos apresentados pelo advogado Marcelo Weick, que atuou na defesa do governador Ricardo Coutinho, e de Thiago Fonseca, que atuou em defesa dos demais representados, de que não houve caracterização de propaganda eleitoral antecipada, mas sim de repercussão de fatos jornalísticos veiculados no noticiário político. Ou seja, que não houve infração dos artigos 36 e 36-A da Lei n. 9.504/97.

Servente de pedreiro é morto quando bebia no litoral sul

Populares revelaram que os responsáveis pelos disparos de pistola ponto 40 são homens que estava em uma motocicleta
Polícia | Em 22/11/13 às 10h03, atualizado em 22/11/13 às 10h05 | Por Hyldo Pereira
Aguinaldo Mota
Homicídio aconteceu no município do Conde
O servente de pedreiro, José Jakson dos Santos, 27 anos, foi assassinado na noite dessa quinta-feira (21), quando bebia com amigos no loteamento Nossa Senhora da Conceição, no município de Conde, litoral Sul paraibano.
De acordo com o tenente Bertuni, a polícia foi acionada por moradores que informaram sobre disparos de arma de fogo na comunidade ‘Boas Águas’. “Viemos até o local e foi confirmado o homicídio. Familiares disseram que ele não tinha envolvimento com a criminalidade. Apenas gostava de beber”. Uma garrafa de cachaça foi encontrada perto do corpo.
Populares revelaram que os responsáveis pelos disparos de pistola ponto 40 são homens que estava em uma motocicleta. Os bandidos ainda não foram identificados. O corpo foi encaminhado para a Gerência de Medicina e Odontologia Legal (Gemol) de João Pessoa.

Fiéis rompem as dificuldades e percorrem quilômetros em busca da fé, na Romaria da Penha

Não importa se há problemas ou dificuldades, os romeiros entregam tudo nas mãos de Nossa Senhora da Penha e agradecem pelas graças alcançadas
Cidades | Em 22/11/13 às 08h40, atualizado em 22/11/13 às 14h37 | Por Hyldo Pereira
Diego Nóbrega 12
Romeiros destacam o valor da ajuda mútua
Segundo a máxima popular, a fé move montanhas! Caminhar 14 km cantando e rezando para mostrar devoção a Nossa Senhora da Penha tem sido uma regra seguida por muitos fiéis que cruzam estados, cidades e ‘atropelam’ as adversidades e atribuem toda a força que conseguem à fé.
A procissão ocorre neste sábado, em João Pessoa, a partir das 22h, e segue até a manhã do dia seguinte, reunindo cerca de 300 mil pessoas que a tornam a principal manifestação religiosa da Paraíba, a segunda maior do Brasil, atrás apenas do Círio de Nazaré, que coloca cerca de 2 milhões do católicos nas principais ruas de Belém, no Pará.
A bioquímica Maria Jesus, 64 anos, é uma das devotas que se entrega profundamente a essa jornada religiosa na Procissão da Penha. Apesar dos problemas de saúde com familiares, ela avisa que deve participar da festividade e afirma que “a emoção é inexplicável".
Com o ex-marido operado em decorrência de um câncer no intestino e um irmão que passou por cirurgia, Maria Jesus encontra em Nossa Senhora da Penha a força que precisa para vencer os obstáculos e se unir aos milhares de romeiros, que se apegam num só objetivo: agradecer à santa pelas graças alcançadas.
“Já passei por muitas dificuldades, mas sempre dou um jeito de participar. Uma vez fui diagnosticada com hepatite C, porém, não me desanimei e fui louvar, cantar para Nossa Senhora da Penha. Não são os problemas que vão diminuir meu ânimo. Vou fazer o impossível para caminhar junto à santa que tem feito milagres na minha vida” revela a bioquímica, emocionada.
A vendedora Fátima Alexandre diz que é uma das 300 mil pessoas dispostas a percorrer os 14 km em caminhada. Ela conta que vai à Romaria da Penha há mais de 10 anos e nesse período venceu problemas com o alcoolismo do ex-marido. “Passei uma situação difícil com meu ex-companheiro, devido às bebidas alcoólicas, mas nunca pensei em desistir de caminhar ao lado de Nossa Senhora da Penha. Ergui a cabeça, entreguei o problema à santa e graças a Nossa Senhora tudo deu certo. Levo terço e outros objetos religiosos e sigo na caminhada de purificação. Estou na expectativa para chegar o dia da romaria. Eu vou, meu filho também e até meu ex-companheiro vai se juntar a nós”.
Caminhada reúne toda a família
Foto: Caminhada reúne toda a família
Créditos: Diego Nóbrega 
A manifestação renova a fé dos católicos e cumpre o importante papel de fazer com que os participantes se envolvam em ações de caridade e bem-estar social para com o próximo. “É um sentimento que você tem com Deus, o agradecimento por estarmos vivos, por enxergar, falar, andar; pela nossa família e por tudo o que temos. É uma força divina que nos move. Quando estamos caminhado na romaria, os anjos nos acompanham, nos livrando do mal, e nasce um sentimento de ajudar o próximo, de solidariedade.”, desabafa a bioquímica Maria de Jesus.
Fiéis estão dispostos a tudo pela devoção
Foto: Fiéis agradecem pelas graças alcançadas
Créditos: Diego Nóbrega 
Estrutura
A organização da Romaria da Penha 2013 já cadastrou e autorizou 12 trios elétricos que vão guiar os romeiros. O primeiro vai estar posicionado nas proximidades da subestação da Energisa, na Avenida Pedro II, bairro da Torre, na Capital.
A Romaria terá início às 22h deste sábado (23), logo após o Arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, dar a Bênção de Envio, desejando a todos uma tranquila caminhada, em frente à igreja de Nossa Senhora de Lourdes, no Centro de João Pessoa.
A procissão segue pelas avenidas João Machado, Pedro II, passa pelo trevo universitário, segue pela avenida Sérgio Guerra (principal dos Bancários), contorno da entrada do bairro de Mangabeira, na Zona Sul, e vai pela pista que dá acesso à Praia da Penha, onde é concluída na Praça Oswaldo Pessoa.
São esperados cerca de 300 mil fiéis
Foto: São esperados cerca de 300 mil fiéis
Créditos: Diego Nóbrega
História
Em 1763, o português Sílvio Siqueira fez um apelo à Nossa Senhora da Penha. Ele e a tripulação de uma embarcação enfrentavam uma grande tormenta no litoral paraibano e, para vencer o problema, pediu à santa para aportar com segurança. A graça foi alcançada e, em retribuição, Sílvio ergueu uma capela onde desembarcou, na então Praia de Aratú, que hoje é a Praia da Penha. Assim começou a devoção a Nossa Senhora da Penha na Paraíba. A festa completa 250 anos em 2013.

Sede e fome começam a ameaçar a sobrevivência dos moradores no Vale do Piancó

Programas sociais salvam moradores, diz padre Djacy, conhecido ativista que denuncia nas redes sociais as consequências da prolongada estiagem no estado
Cidades | Em 22/11/13 às 14h03, atualizado em 22/11/13 às 14h46 | Por Naira Di Lorenzo
Padre Djacy 12
Moradores sofrem com a seca em Itaporanga
Não é só a falta de água para agricultura e pecuária que aflige os sertanejos da Paraíba que enfrentam a pior seca dos últimos 50 anos. Sede e fome começam a ameaçar a sobrevivência dos moradores de comunidades rurais nos municípios do Vale do Piancó, no Sertão, segundo o padre Djacy, conhecido ativista que denuncia nas redes sociais as consequências da prolongada estiagem no estado.
Os programas sociais do Governo Federal, como o Bolsa Família, têm sido as únicas fontes de recursos para muitos desses sertanejos, que viviam da agricultura de subsistência. Água para beber, apenas dos carros-pipas, que abastecem as localidades onde há mais de um ano não chega água nas torneiras ou o fornecimento através de açudes são insuficientes.
Em quatro meses padre Djacy já percorreu mais de dez cidades do Vale do Piancó e atesta: “O que eu tenho visto é muita miséria. Tive em várias comunidades rurais, como Diamante, Curral Velho, Aguiar, Pedra Branca, Itaporanga e vi pessoas passando sede e fome. Se não fossem os programas sociais muita gente já teria morrido.”, contou o padre Djacy, emocionado.
Ele diz que moradias precárias e principalmente a falta de comida têm se tornado comum em comunidades rurais como essa. Nas visitas, além escutar os apelos dos sertanejos, o ativista leva doações que recebe na igreja e até de pessoas de outros estados que contribuem com a campanha.
Padre Djacy mostra situação precária da moradia de sertanejo em Itaporanga
Foto: Padre Djacy mostra situação precária da moradia de sertanejo em Itaporanga
Créditos: Reprodução/Facebook/Padre Djacy 
“Crianças correm ao me ver chegar com comida. As pessoas vêm ao meu encontro. Os adultos ficam esperando porque sabem que posso trazer um pouco de alimento. Isso é o que me assusta”, destacou.
A última cidade visitada pelo religioso foi Itaporanga, a 420 quilômetros da capital paraibana. Na comunidade rural Bela Vista, a situação de uma família chocou o padre, que já está acostumado a ver a carência das pessoas que sofrem com os efeitos da seca. “Eles vivem em uma situação precária. Moram em uma casa de taipa, em condição subumana”.
Segundo ele, a família possuía um poço artesiano de onde tirava água, mas o local agora está aterrado. Padre Djacy relatou a emoção do chefe da família, Francisco Araújo, de 57 anos ao mostrar o poço seco. “O senhor me mostrou o poço que está aterrado. Com o tempo, ele foi se deteriorando e a família não teve dinheiro para ajeitá-lo. O homem chegou a chorar. Era desse poço que ele tirava água para a casa dele”.
O ativista ressaltou que a água própria para beber que a família tem acesso é dos carros-pipas, mas muitas vezes, o chefe da família busca o líquido escasso em um “açude de capacidade média”. “Essa água é insalubre, imprópria para beber, porém, às vezes, além de usá-la para lavar louça e roupa, ela é consumida por eles”.
Outra situação que chamou a atenção do padre é que muitas crianças ajudam seus pais a irem buscar água no açude. “Isso é muito comum. Na maioria das vezes os açudes são distantes, mas as crianças acompanham seus pais”.
Crianças ajudam os pais a buscar água em açude
Foto: Crianças ajudam os pais a buscar água em açude
Créditos: Padre Djacy 
Segundo padre Djacy, a família relatou que o dinheiro que consegue para comprar comida é do Bolsa Família, mas para ele, o auxílio do programa federal não é suficiente para resolver os problemas das famílias que estão sofrendo. Em Itaporanga, 3.079 recebem o benefício, com média de R$ 139 por mês, segundo dados do levantamento informado pelo Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).
Padre Djacy apela para que o Governo do Estado adote medidas mais efetivas para diminuir os efeitos da seca e pede que cestas básicas sejam enviadas com urgências para as famílias que estão passando fome.
“A cada dia que passa, percebo, graças as minhas visitas às comunidades rurais, que a situação de milhares de sertanejos vai ficando dramática. Mais um ano se passa, e os agricultores nada colheram para a subsistência. Peço ao governo do Estado, que por questão humanitária, envie, o quanto antes, cestas básicas para as famílias que clamam por pão”, clamou.
Segundo a Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), 12 açudes estão completamente secos na Paraíba, são eles: Emas, Serrote, Olivedos, Cabaceiras, Prata II, Santa Luzia, São José IV, Chupadouro, São Mamede, Batista, São Francisco II e Várzea. Além desses, outros 26 reservatórios estão em situação crítica com menos de 5% do seu volume total.
Crianças buscando água em açude
Foto: Crianças buscando água em açude
Créditos: Padre Djacy

Álcool e direção repetem tragédias e alertam para o perigo nas noitadas em João Pessoa

Famílias lamentam perdas e cobram justiça e rigor das autoridades; órgãos de trânsito prometem ampliar ficscalização
Cidades | Em 22/11/13 às 13h49, atualizado em 22/11/13 às 15h22 | Por Luciana Rodrigues
Os números são alarmantes e as tragédias continuam assustando a todos, causando sofrimento e dor às famílias das vitimas. Apesar dos 1.751 motoristas pegos pela Lei Seca e das 247 prisões registradas somente até novembro de 2013, o trânsito perigoso durante as madrugadas e após as baladas continua matando em João Pessoa. Os números são do Departamento Estadual de Trânsito e correspondem ao levantamento feito apenas na capital paraibana.
A imprudência de quem ingere bebida alcoólica, dirige e acaba matando, deixa a sociedade abalada, mas parece não fazer o efeito necessário para conscientizar. Achar que as tragédias só acontecem com os outros e ter excesso de autoconfiança são atitudes que persistem nas mentes de motoristas jovens ou adultos que necessitam de preparação para a atual conjuntura do trânsito nas áreas urbanas e nas rodovias.2.104 morreram em acidentes de trânsito somente em João Pessoa nos últimos dez anos, conforme dados de 2001 a 2011. O que dá um total de 31 pessoas mortas para cada 100 mil habitantes, segundo dados divulgados pelo Centro de Estudos Latino Americanos, o Cebela. O Mapa da Violência 2013, traçado pelo sociólogo Júlio Jacobo Waiselfisz, revelou ainda que do total das vítimas da capital paraibana, 32% eram jovens.
Para se ter uma ideia do tamanho da problemática causada pela falta de atenção, despreparo e imprudência no trânsito, basta analisar dados do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa. Somente este ano, foram atendidas 12.307 vitimas de acidentes de trânsito envolvendo carros e motocicletas.
São números que impressionam, mas que não passariam de meras estatísticas, se não ceifassem vidas de pessoas com relevante e estimado convívio social. As perdas são irreparáveis e o sofrimento das famílias, apesar de amenizado com empenho da polícia e da Justiça em prender e punir os culpados, continua a alertar para a necessidade de se fazer mais.
'Snto-me impotente e fragilizada a cada novo caso que acontece'
As famílias das vitimas, apesar da dor, provocam lições de força e fé. A repetição das tragédias deixa Nina Ramalho angustiada, que perdeu o pai, o tio e um primo em um acidente num cruzamento da Avenida Epitácio Pessoa, no Bairro de Miramar, em maio de 2007. Ela diz que busca forças em Deus. "Sinto-me impotente e fragilizada a cada novo caso que acontece; é como se não tivesse conseguido evitar", revelou ao comentar sobre o caso mais recente que resultou na morte do construtor Bruno Bernardino, de 34 anos.
Como no acidente da família Ramalho, um motorista com sintomas de embriaguez e em alta velocidade bateu no carro em que Bruno estava com a esposa e causou a morte dele. O acidente aconteceu no último dia 10 deste mês, quando o casal estava a caminho de uma igreja, no Bairro do Bessa, na orla de João Pessoa. No caso dos Ramalho, foram três vitimas de uma vez.
Ao falar sobre como a família dela se sente, ela diz com tristeza, "nós estamos condenados para sempre a conviver com a dor, com a perda. É como se a metade da vida da gente fosse embora também, mas mesmo assim continuamos vivendo. Não podemos parar porque precisamos continuar lutando..." se emociona.
Na opinião de Nina, é inadmissível que pessoas bem informadas não tenham conhecimento de que não é permitido ingerir bebida alcoólica e dirigir. Ela acha que os que agem assim, o fazem por ter certeza da impunidade.
Nina acredita que a ação da polícia e da Justiça ao prenderem e manterem detidos os acusados pelos crimes de trânsito dos casos de maior repercussão poderá começar a mudar essa mentalidade. "A Paraíba tem dado exemplo, mandando para a prisão os assassinos, como nos casos da minha família, o de Bruno, do da defensora Fátima Lopes e da filha de Deusimar Guedes, mas ainda falta mais fiscalização, através das blitzen e, principalmente, mais investimento em conscientização", enfatizou.
Ela disse ainda que acredita que somente com uma formação educativa em casa, nas escolas, e nos meios de comunicação, principalmente para atingir as crianças e jovens, essa realidade poderá ser mudada.
O mesmo sentimento de impotência revelou sentir o advogado e psicólogo Deusimar Guedes, pai da estudante Raíza Guedes, que morreu aos 17 anos junto com Ronaldo Soares, de 19, quando os jovens e mais dois amigos voltavam de uma festa na madrugada do dia 16 de julho de 2011. Num cruzamento da Avenida Epitácio Pessoa, eles também foram atingidos por um motorista embriagado que avançou o sinal vermelho.
Deusimar desabafa dizendo que depois de tanto tempo trabalhando pela conscientização sobre o uso indevido de drogas, inclusive bebidas alcoólicas, sentir a dor da perda de uma filha, causada por uma pessoa que cometeu o ato irresponsável de dirigir bêbado, deixa-lhe com uma sensação de impotência muito grande. "É como se esses 30 anos de trabalho tivessem sido um grito no deserto. Infelizmente eduquei minha filha para não dirigir antes da maior idade, nem consumir drogas, mas não tive a chance de tentar educar o assassino que a tirou de mim", lamentou.
Deusimar, no entanto, disse acreditar que todos nós temos uma missão neste mundo e que ele prefere não parar para pensar em perdas, isso aumentaria sua dor. "Assim continuo a luta pelos que continuam vivos. Prefiro acreditar que se eu não estivesse lutando, os prejuízos seriam ainda maiores. Espero um dia poder contar com um maior envolvimento e maior conscientização da sociedade, na busca de um mundo melhor sem a escravidão devastadora das drogas".
A reincidência de casos, na opinião de Deusimar, tem a omissão tanto do poder público como da sociedade civil organizada. Ele acredita que faltam campanhas educativas contínuas e integradas que engajem a sociedade e o aparelho repressor do Estado trabalha de forma desconexa e com interpretações e ações divergentes.
Apesar de não gostar de pensar na perda, Deusimar diz que aprendeu a viver com ela. "Acho que para todos nós, a perda de um ente querido é algo muito traumático. Posso dizer que a saudade é uma dor que não tem cura", completa.
Ele acredita que a minimização do problema passa pela conscientização social e isso não acontece de forma rápida, mas a médio e longo prazos. Punições exemplares para crimes graves no trânsito, no entendimento do psicólogo, podem servir de intimidação para outros possíveis infratores.
Redutores vão rastrear ruas e avenidas inteiras da Capital
Toda a extensão de uma rua ou de uma avenida e não somente pequenos trechos serão monitorados com redutores de velocidade eletrônicos. Essa, segundo o diretor de Trânsito da Superintendência de Mobilidade Urbana de João Pessoa, Adalberto Araujo, será uma das medidas para atacar o problema do excesso de velocidade.
Ele informou que esses redutores têm surtido efeito positivo em Brasília e será adotado aqui em breve. "Já estamos em processo de licitação, cujo edital já foi divulgado". Ele disse que os atuais redutores não vinham surtindo o efeito desejado porque os motoristas diminuíam a velocidade ao passar pelos equipamentos, mas assim que passavam voltavam a empreender velocidade acima do permitido.
Em vários corredores de João Pessoa que têm a maior incidência de acidentes, como Epitácio Pessoa, Pedro II e Beira Rio, e ainda avenidas principais de bairros como Bancários, Tambaú e Manaíra, também devem ganhar o novo monitoramento que funcionará durante as 24 horas do dia, ou seja, também estará funcionando na madrugada, como garantiu Adalberto.
Ao comentar sobre as mortes por conta da imprudência, o superintendente acredita que deve ocorrer discussões que envolvam todos os órgãos responsáveis pelo trânsito para que medidas sejam tomadas a fim de modificar a realidade que temos hoje.
“Precisamos ter consciência de que o carro é apenas um meio de transporte e que o ser humano e mais importante. Para se ter uma ideia, é mais fácil as pessoas reclamarem de um buraco na pista do que de um buraco numa calçada", analisou.
Ele avalia que falta o simples cumprimento das leis de trânsito pelos motoristas e que órgãos como Semob, Detran, Dnit e Polícia Rodoviária Federal devem atuar em parceria. Um dos setores que precisam ser repensados e debatidos, na opinião dele, e a formação dos condutores. "A falta de atenção e o descumprimento das leis do trânsito são impressionantes. As aulas para condutores deveriam trabalhar bem mais a percepção e a conscientização, inclusive com a participação de psicólogos durante as aulas que pudessem desenvolver melhor essas questões subjetivas", sugeriu.
Sem noção do perigo
O psicólogo Frederico Almeida, do Centro de Apoio Psicossocial, faz um alerta para aquelas pessoas que saem para se divertir e ingerem bebida alcoólica pensando que o risco de tragédia ao volante não acontece com elas. "É esse tipo de pessoa, com excesso de confiança, que acaba provocando os acidentes. Por achar que isso não acontece com ela, acaba exagerando na bebida e cometendo a imprudência, que pode acabar em morte", enfatizou.
Frederico reitera o excesso de confiança citando aqueles que dizem que dirigem melhor ainda quando bebem e explica por quê. "Bastam dois copos de cerveja para que nossa percepção fique dois segundos mais lenta, tempo suficiente para acontecer o pior".
Ele recomendou prudência aos motoristas que costumam ingerir bebida alcoólica para que, sempre que sair para a balada, programem com alguém que não beba para guiar o veículo no trajeto de volta para casa. "Tem-se muitas formas de resolver. Já temos bares que possuem praças de táxi nas proximidades para facilitar a volta dos clientes. Outra sugestão é pedir para que alguém em casa venha buscar, pois o excesso de autoconfiança não pode fazer com que motoristas coloquem a vida deles e de outras pessoas em risco, irresponsavelmente”.

Boato sobre toque de recolher em João Pessoa vira piada nas redes sociais

À medida que o boato foi sendo repercutido pelos internautas, fotos eram compartilhadas e o medo foi se transformando em piada
Cidades | Em 22/11/13 às 10h24, atualizado em 22/11/13 às 14h10 | Por Hyldo Pereira
Reprodução/facebook
Foto postada na rede social
A notícia sobre toque de recolher na noite dessa quinta-feira (21), em João Pessoa, deixou a população em pânico, ruas ficaram desertas, universidades dispensaram os alunos e comércio fechou as portas. Tudo não passou de um mero boato, que foi desmentido pela cúpula da segurança da Paraíba. Porém, o assunto virou piada na internet.
As redes sociais ficaram então repletas de imagens virais e conteúdo humorístico sobre o assunto. À medida que o boato foi sendo repercutido pelos internautas, fotos eram compartilhadas e o medo foi se transformando em piada.
Conforme informações divulgadas no facebook, o toque de recolher ocorreria no bairro São José se alastrando pela orla marítima de João Pessoa, área nobre da capital paraibana, podendo chegar a outros bairros. O local foi ocupado pela força de segurança e montagem se espalhando na web.
De acordo com a Polícia Militar, a ação das autoridades foi reforçada no São José e negou que houvesse qualquer tipo de movimentação relacionada com o toque de recolher na capital. 
As palavras 'arrastão', 'João Pessoa', 'recolher' e 'Manaíra' ficaram entre os assuntos mais comentados do Twitter durante a noite de quinta (21) e a manhã desta sexta (22).
Ranking do Trendmap na manhã de sexta (22)
Foto: Ranking do Trendsmap na manhã de sexta (22)
Créditos: Reprodução/Trendsmap João Pessoa
Piada sobre possível toque em Manaíra
Foto: Piada sobre possível toque em Manaíra
Créditos: Reprodução/facebook
Os boates sobre o bairro do Bessa
Foto: os boates sobre o bairro do Bessa
Créditos: Reprodução/facebook
Criativa propaganda do Motel Union
Foto: Criativa propaganda do Motel Union 
Créditos: Reprodução/facebook
Propagando do Union
Foto: Propaganda do Union
Créditos: Reprodução/facebook




Segurança investiga boato sobre toque de recolher em João Pessoa; autor será indiciado

Informação falsa se tratou de um toque de recolher no bairro São José e causou pânico nos moradores dos bairros vizinhos
Polícia | Em 21/11/13 às 19h41, atualizado em 22/11/13 às 12h10 | Por Pollyana Sorrentino e Naira Di Lorenzo
Reprodução/Twitter/EmersonMachado
Nas redes sociais, os internautas comentaram a denúncia
A Secretaria de Estado de Defesa Social da Paraíba irá investigar a origem do boato de toque de recolher que tomou conta de João Pessoa nessa quinta-feira (21). A falsa informação começou a ser espalhada nas redes sociais e no Wthasapp (aplicativo de smartphones de mensagens) e causou pânico na população.
De acordo com o secretário da SEDS, Cláudio Lima, será aberto um inquérito policial e a pessoa que for identificada como autor do boato será indiciado criminalmente. Segundo ele, o Centro Integrado de Operações Especiais recebeu diversas ligações no final da tarde e início da noite dessa quinta de moradores assustados com a notícia, mas a informação foi desmentida.
A falsa notícia se tratou de um toque de recolher no bairro São José e causou pânico nos moradores dos bairros vizinhos, como Manaíra, Tambaú e Bessa. A informação garantia que a insatisfação dos criminosos foi motivada após a morte de um homem que possivelmente comandava o tráfico de drogas no São José.
No final da tarde a SEDS, por meio de nota oficial, negou a informação, porém o boato já tinha se espalhado. Moradores e comerciantes de locais nobres próximos ao São José tiveram medo de sair de casa e evitaram movimentações. Empresários se sentido inseguros fecharam seus estabelecimentos comercias antes do horário normal.
O pânico tomou conta de toda a cidade e atingiu até mesmo bairros distantes do São José, como Jaguaribe, na Zona Oeste. Clientes de uma pizzaria do local declararam que estavam lanchando rapidamente porque haviam recebido a informação de que o 'toque de recolher' seria expandido para toda a Capital, comprometendo o funcionamento das casas comerciais, que foi suspenso a partir das 21h.
Estudantes de duas faculdades, localizadas às margens da BR-230, temendo a ação criminosa, abandonaram as aulas antes do período habitual.
Diante da denúncia, a assessoria da Polícia Militar disse ao Portal Correio que desconhece a informação. A polícia identificou policiamento no bairro São José nas últimas horas dessa quinta, com revistas e reforço nas equipes, com o objetivo de atingir as metas de redução da criminalidade no local e proporcionar segurança aos moradores, mas não há comprovação de que criminosos estariam ameaçando a comunidade ou outros bairros da cidade com o 'toque de recolher'.

Apreensão no Bairro São José
Foto: Uma das apreensões registradas no Bairro São José
Créditos: Divulgação
Assista à matéria exibida na TV Correio HD.