Novo milionário da Mega-Sena pega o prêmio em São Bernardo do Campo
O Globo
O apostador da cidade de Mauá, que levou sozinho o prêmio de R$ 80.499.108,16 milhões do concurso 1.545 da Mega-Sena, se apresentou nesta quinta-feira a uma agência da Caixa Econômica Federal (CEF) de São Bernardo do Campo para pegar o dinheiro. O novo milionário é homem e trabalha em uma fábrica no ABC paulista. Ele foi uma das pessoas que fizeram as 13 mil apostas autenticadas nos guichês da Lotérica Castelo, que fica no bairro Jardim Zaira, um dos mais pobres de Mauá.
Gennison Pimentel, 35 anos, um dos donos da lotérica, afirmou que soube ontem à noite que o vencedor era de Mauá, mas só na manhã desta quinta-feira a CEF avisou que o jogo tinha sido feito na Castelo.
- O gerente da CEF nos ligou cedo, por volta de 9 horas. Vamos fazer uma faixa para colocar na frente da casa. É um marketing voluntário e isso ajuda muito. Somos novos no ramo, abrimos a lotérica há um ano e meio. Acho que isso vai ajudar a tornar a casa mais conhecida - disse Pimentel.
Segundo ele, é grande a expectativa das funcionárias que trabalham nos guichês.
- Todo mundo que joga diz a ela que, se ganhar, volta aqui para dar a notícia. Elas estão na expectativa, mas ninguém aqui tem a mínima ideia de quem seja - diz ele.
As dezenas sorteadas na quarta-feira foram: 04 - 06 - 11 - 24 - 45 - 48. Outros 680 apostadores acertaram a Quina e cada uma vai levar R$ 13.845,79. Os 45.410 que acertaram a Quadra, vão vão receber R$ 296,19. cada um. O próximo concurso deve pagar R$ 11 milhões.
Nos bares de Mauá não se fala de outra coisa.
- A gente falava que essa loteria ia dar certo, que era pé quente - diz Paulo, 52 anos, cliente do Zezinho's Bar, um boteco instalado há 15 anos do outro lado da rua, que enfileira garrafas de 51 na parede.
O sorriso de orelha a orelha dos clientes acompanha a brincadeira. Um aponta para o outro e fala: "Conta aí, foi você quem ganhou", dizem entre um e outro gole de cerveja antes do almoço.
- A gente joga direto, faz bolão quando acumula. Já pegamos uma quadra e deu R$ 120,00 para cada um. Jogamos tudo de volta e não ficamos com nada - diz José Antonio Rosa, 44 anos, o dono do bar.
Outros prêmios já saíram para apostas feita na pequena lotérica, que alaga quando chove.
- Já saíram outros prêmios aqui, mas sempre bem mais baixos do que este. Na quarta, último dia da Mega-Sena acumulada, teve fila o dia todo. Lotou tanto que a gente teve de atender até mais tarde. Normalmente a gente fecha às seis da tarde, mas ontem só conseguimos fechar às sete - conta a gerente Andréia Martins, de 33 anos.
Na fila da lotérica para pagar R$ 170 de conta de luz, água e cartão de crédito, o professor Robson Fernandes, 35 anos, não tinha a menor ideia que o prêmio havia saído ali:
- Bem que podia ser eu. Se eu jogasse né? - diz Robson, que não costuma fazer apostas.
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