sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Embaixada Brasileira procura travesti paraibano que é escravizado na Europa

Um travesti contactou os familiares na cidade de Cuitegi, a 88 km de João Pessoa, pedindo socorro, conforme revelou o promotor de Justiça, Marinho Mendes
Polícia | Em 06/12/13 às 12h36, atualizado em 06/12/13 às 14h37 | Por Hyldo Pereira
Reprodução/ Mundi.com
Cidade de Perúgia
A embaixada brasileira está investigando o tráfico ilegal de pessoas levadas da Paraíba para a Itália destinadas ao trabalho de prostituição. Um travesti contactou os familiares na cidade de Cuitegi (na região do Brejo paraibano, a 88 km de João Pessoa), pedindo socorro, conforme revelou o promotor de Justiça, Marinho Mendes.
O promotor comentou que há cinco anos o travesti, que hoje tem 21 anos, está morando na cidade italiana de Perúgia e vive perambulando pelas ruas, sendo espancado e trabalhando em regime de escravidão. A embaixada já fez rondas pela cidade, mas não o encontrou.
De acordo com Marinho Mendes, para entrar na Europa ilegalmente, o paraibano teve todos os documentos pessoais falsificados. “Os documentos deles ficaram na casa dele em Cuitegí, por isso, que digo que houve falsificação. O rapaz era de menor na época”.
O promotor revelou que a embaixada solicitou mais informações sobre a estadia do paraibano para iniciar a extradição. “Recebi email da embaixada requerendo informações e repassei. Vamos esperar o andar as investigações para extraditá-lo. Aos poucos estamos combatendo o tráfico internacional de pessoas. Araçagi, Cuité e Mulungu são os principais alvo”.
Marinho Mendes disse que foi procurado pela família do travesti relatando os problemas dele na Ítalia. “Há cerca de cinco anos, o rapaz foi para a Europa com promessa de enriquecer, mas tudo não passa de ilusão. Os chefes da quadrilha é quem ficam ricos”.

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