domingo, 22 de dezembro de 2013

22 de Dezembro de 2013

No xadrez da reforma política, PMDB quer a pasta de Cidades e Vital pode substituir Aguinaldo

No xadrez da reforma política, PMDB quer a pasta de Cidades e Vital pode substituir Aguinaldo
 Informação divulgada na versão digital do jornal O Globo dá sinais de que a presidente Dilma Rousseff (PT) irá mesmo indicar o senador paraibano Vital do Rego Filho (PMDB) para o seu ministério, cuja reforma será feita pelo Palácio do Planalto até a primeira quinzena de fevereiro. A novidade é que Vital não deverá assumir a pasta da Integração Nacional, mas o Ministério das Cidades, em substituição ao atual ministro – também paraibano – Aguinaldo Ribeiro (PP), que deverá voltar ao seu mandato de deputado federal em Brasília e, possivelmente, ser lançado como pré-candidato ao governo paraibano em 2014.

A notícia de O Globo afirma que, embora o PMDB já tenha colocado na mesa o nome de Vital para o Ministério da Integração Nacional, a legenda aceitará abrir mão dessa pasta, em troca do Ministério das Cidades. Outro aliado de Dilma, Ciro Gomes (Pros), é quem, há dias, já “se candidatou” à vaga no Ministério das Cidades.

Os dois ministérios estão entre os mais disputados, devido à sua capilaridade política, ou seja, potencial de render votos com obras e investimentos. Apesar do frisson entre os aliados com a reforma ministerial que será feita entre meados de janeiro e o carnaval, a presidente Dilma Rousseff ainda não abriu negociação com os partidos.

Segundo a reportagem do Globo, a presidente pretende aproveitar a saída de dez ministros que disputarão as eleições do ano que vem para amarrar apoios à sua campanha de reeleição

O desprendimento do PMDB em relação ao Ministério da Integração Nacional facilitaria a acomodação de Ciro Gomes (PROS). Ele será recompensado por ter deixado o PSB — que lançará a candidatura à Presidência da República do governador de Pernambuco, Eduardo Campos — para apoiar a reeleição de Dilma.

O PROS tenta emplacar Ciro no Ministério da Saúde, mas o PT e o atual titular da pasta, Alexandre Padilha, que disputará o governo de São Paulo, resistem. Eles trabalham pelo nome de Mozart Sales, atual secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do ministério.

O PT ainda segundo o Globo, também tenta emplacar o deputado Ricardo Berzoini (SP) na Secretaria de Relações Institucionais, responsável pela articulação política do governo. Hoje, essa secretaria, que tem status de ministério, é comandada pela petista Ideli Salvatti. Ainda que ela desista de disputar uma vaga no Senado por Santa Catarina, seu desempenho é considerado ruim pelo próprio partido.

Apesar de o governo Dilma possuir 39 ministérios, o cobertor é curto para acomodar todos os partidos aliados. Se, por exemplo, nomear Ciro na Integração Nacional e o PMDB na pasta das Cidades, a presidente terá que compensar o PP.

Nas eleições de 2010, o PP ficou neutro, apesar de fazer parte do governo Lula. O partido ainda não garantiu apoio à reeleição de Dilma, mesmo assim, quer manter a pasta das Cidades e ainda ocupar a da Integração Nacional, já que se tornou a terceira maior bancada da Câmara, depois de formar um bloco com o PROS. O PMDB, que ocupa cinco ministérios, mas passou os últimos três anos reclamando de estar sub-representado por considerá-los fracos, agora não aceita abrir mão de nenhum deles, mesmo que receba as cobiçadas pastas de Integração Nacional ou Cidades, que sempre reivindicou.

O partido reagiu mal quando foi levantada a possibilidade de ser desalojado do Ministério do Turismo, um dos que eram desprezados pela sigla. O ministro do Turismo, Gastão Vieira, que é do PMDB, deixará o cargo para disputar a reeleição para a Câmara. Além de ganhar Integração Nacional ou Cidades, o PMDB ainda deve ganhar, de quebra, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, atualmente comandado pelo petista Fernando Pimentel, que disputará o governo de Minas Gerais. Para o seu lugar está cotado Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice presidente José Alencar e recém-filiado ao partido. Peemedebistas afirmam, no entanto, que Josué seria da cota do ex-presidente Lula, e não do partido.

Redação com o Globo

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