segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Partidos na Paraíba atraem 'puxador de voto'

Nomes como Kaio Márcio, Samuka Duarte, Odon Bezerra e Régis Soares estão no páreo
Eleições | Em 03/11/13 às 17h57, atualizado em 03/11/13 às 18h09 | Por Jornal Correio da Paraíba/Por Adriana Rodrigues
Diego Nóbrega (Jornal Correio da Paraíba)
Samuka Duarte comanda Correio Verdade
Seguindo a tendência nacional, partidos políticos da Paraíba atraíram para os seus quadros nomes de famosos e lideranças que se enquadram no perfil dos chamados 'puxadores de votos'. Eles acreditam que a popularidade desses filiados, que estão aptos para disputar às eleições de 2014, poderá render votos e garantir mais vagas para as legendas na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa da Paraíba.
Nomes como o do nadador Olímpico Kaio Márcio, dos apresentadores Samuka Duarte e Richard Rasmussen, do presidente da OAB-PB, Odon Bezerra e do chargista Regis Soares, entre outros, aparecem nas listas dos filiados que podem despontar como ‘puxadores de votos’.
De acordo procurador regional da República junto ao Tribunal Federal da 5ª Região (TRF5), Roberto Moreira de Almeida, especialista, mestre e doutorando em Direito Público, se enquadram na categoria de ‘Puxadores de votos’ as pessoas famosas (artistas, desportistas, empresários, etc.) que, devido à grande popularidade, têm a possibilidade de, nas eleições proporcionais, obter votos de uma parcela expressiva do eleitorado e, em razão disso, colaborar para eleger vários outros parlamentares com ele registrados numa determinada coligação na disputa eleitoral.
Roberto Moreira, que é autor do livro Curso de Direito Eleitoral, já na 7ª edição, lançado pela Editora JusPodivm, o sistema eleitoral proporcional de lista aberta, utilizado no Brasil para as eleições parlamentares (deputados federais, deputados estaduais, deputados distritais e vereadores), acaba por estimular aos partidos políticos buscarem a filiação dos ‘puxadores de votos’. Segundo ele, é no sistema eleitoral proporcional que se observa, com maior intensidade, a utilização da técnica de “puxadores de votos” nas eleições brasileiras.
“No sistema proporcional, o partido político, ou coligação, tem a obrigação de atingir um determinado quantitativo de votos para eleger um único parlamentar. Esse número é denominado de quociente eleitoral (QE). Cada vez que o partido ou coligação atingir o QE, terá garantido uma vaga no parlamento. Se não alcançar o quociente, não terá um único parlamentar”, explicou, enfatizando que, com a apresentação de um bom ‘puxador de votos’, o partido obtém facilmente o quociente eleitoral e consegue, na maioria dos casos, apenas com os sufrágios dados a essa pessoa, eleger vários representantes, seja na Câmara dos Deputados, na Assembleia Legislativa ou na Câmara de Vereadores.
Leia a matéria completa na edição deste domingo (03) do Jornal Correio da Paraíba. 

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