sábado, 7 de dezembro de 2013

Em duelo épico, Pezão e Hunt empatam após cinco rounds

Globo.com
Em duelo épico, Pezão e Hunt empatam após cinco rounds
 Os versos "Eu sou guerreiro / sou trabalhador" da música "Lado B Lado A", do Rappa, que embalaram a entrada do paraibano Antônio Pezão no octógono em Brisbane, na Austrália, podem resumir a sua atuação de diante do neozelandês Mark Hunt na madrugada deste sábado. Diante de um adversário fortíssimo e de momentos em que a maioria dos atletas desistiria, o brasileiro resistiu e protagonizou uma das maiores lutas da história dos pesos-pesados no MMA. O resultado de empate majoritário (48-47 para Hunt e um duplo 47-47) fez justiça aos dois atletas, que não mereciam deixar o octógono derrotados. Ambos tiveram os braços levantados pelo árbitro, e não mostraram nenhum sinal de descontentamento. Pelo contrário. Aplaudiram a decisão.

- Que luta! Agradeço a Deus por tudo e aos fãs pelo apoio - disse Hunt, que retirou-se rapidamente com o filho nos braços.

Antônio Pezão falou um pouco mais, e foi aplaudido por todos os presentes.

- Quero agradecer a todos na Austrália. Isso aqui é um paraíso. Mark é um guerreiro. Há duas semanas eu lesionei as costas, mas vim aqui para lutar por vocês. Agradeço à minha família e a todos no Brasil.

A luta

O primeiro round começou com os dois lutadores mantendo a distância, e Pezão aplicando dois pisões laterais e um chute baixo logo de início. Hunt contra-atacou buscando um cruzado de direita próximo à grade. O brasileiro desviou-se e perdeu o equilíbrio, mas levantou-se rapidamente. O brasileiro encurtou a distância e aplicou um duro golpe que derrubou o neozelandês. Ele, no entanto, recuperou-se rapidamente e voltou a manter a distância do paraibano. Consciente e usando sua estratégia com perfeição, Pezão mantinha Hunt à distância com chutes e buscava golpes fortes, principalmente de direita. O neozelandês se valia apenas de socos isolados.

 No segundo round Pezão começou buscando um chute alto aproveitando sua vantagem de altura. No contra-golpe, Hunt buscou os diretos de direita, mas a movimentação do brasileiro evitava que ele se tornasse um alvo fácil para o rival. Pezão também tentou um chute alto rodado, do qual o neozelandês desviou-se com facilidade. Na sequência, os dois buscaram golpes fortes, e Hunt acertou uma combinação de jab e direto no rosto do brasileiro, que sentiu, mas respondeu com um chute baixo. A luta diminuiu de ritmo, mas Pezão conseguiu acertar um forte chute no tornozelo esquerdo de Hunt, que sentiu claramente e passou a mancar até o fim do round.

Os lutadores voltaram para o segundo round com estratégias diferentes. Pezão se mantinha aplicando chutes e buscando magoar a perna esquerda do neozelandês. Já Hunt buscava encurtar a distância e levar a luta para a grade ou para o chão, provavelmente para tentar proteger a perna esquerda. O brasileiro tentava se afastar e aplicar golpes, mas Hunt acertou um belo direto de direita que derrubou Pezão. No chão, Hunt buscava dar sequência aos golpes e o brasileiro tentava ganhar tempo e se proteger de novos socos. Em inferioridade no round, Pezão apenas se defendeu das cotoveladas e socos do neozelandês até o fim do período.

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