segunda-feira, 10 de junho de 2013

Paraíba tem déficit de 125 mil domicílios, mas com 11,4% é ainda a menor taxa do Nordeste

Em nota técnica, o Ipea indica que as estimativas produzidas pela Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do órgão são de que o déficit habitacional brasileiro teve queda de 12% em cinco anos fonte.portal correio
Redação
Cidades - moradia
Um levantamento do  Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), fundação pública federal vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, revela que a Paraíba tem, proporcionalmente, o menor déficit habitacional entre os estados da região Nordeste. A proporção do déficit por domicílio chega a 11,4%. O Maranhão lidera esse ranking com 31,1%.

Em nota técnica, o Ipea indica que as estimativas produzidas pela Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais do órgão são de que o déficit habitacional brasileiro teve queda de 12% em cinco anos. Este déficit, que representava 10% do total de habitações do país no início da série, em 2007, passou para 8,8% em 2011, segundo dados consolidados a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD/IBGE). Em números absolutos, o índice reduziu de 5,6 milhões de residências para 5,4 milhões.

Na Paraíba estão cadastrados 1 milhão, 90 mil e 463 domicílios. O déficit habitacional chega a 124 mil e 851 unidades. Do total de domicílios, porém, existem 33.623 em condições precárias e 50.703 considerados como coabitação. O Ipea também anota na Paraíba 33.223 excedentes de aluguel e 9.305 como adensamento de aluguel. 

O excedente de aluguel caracteriza-se o ônus excessivo com aluguel se o peso do valor pago como prestação da locação no orçamento domiciliar for superior ou igual a 30% da renda domiciliar.

O adensamento excessivo em domicílios locados ocorre quando os domicílios alugados possuem mais de três habitantes por cômodo e que sirvam, permanentemente, como dormitórios. 

O cálculo do déficit habitacional está na Nota Técnica Estimativas do déficit habitacional brasileiro (2007-2011) por municípios (2010), de autoria dos pesquisadores Bernardo Alves Furtado, Vicente Correia Lima Neto e Cleandro Krause, publicada nesta sexta-feira, 17. Para estimar o déficit, os técnicos do Instituto utilizaram uma metodologia desenvolvida pela Fundação João Pinheiro, em parceria com o Ministério das Cidades.

De acordo com esta metodologia, o déficit habitacional é evidenciado quando há pelo menos uma de quatro situações: domicílios precários (rústicos ou improvisados); situação de coabitação (famílias conviventes com intenção de se mudar ou residentes em cômodos); domicílios cujo valor do aluguel é superior a 30% da renda domiciliar total (excedente de aluguel); e domicílios alugados com mais de três habitantes utilizando o mesmo cômodo (adensamento excessivo).

Estados e Regiões Metropolitanas


O estudo do Ipea utilizou o Censo de 2010 para também estimar o déficit habitacional nos estados e nas principais regiões metropolitanas (RMs) do país. Proporcionalmente, o Maranhão é a Unidade da Federação com o déficit mais crítico. Ele equivale a 31% do total de residências do estado, cerca de 517 mil habitações, sendo a precariedade dos lares o principal problema. O Rio Grande do Sul aparece em situação oposta no ranking, com déficit de apenas 7,6%.

Entre as regiões metropolitanas mais populosas, Manaus se destaca negativamente com um déficit de quase 20%. Rio de Janeiro e São Paulo, as maiores RMs do país, têm, respectivamente, 9,2% e 11,3%. Nas duas metrópoles, as maiores componentes do índice são a “Coabitação” e o “Excedente de Aluguel”, refletindo o elevado custo de vida. 

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