terça-feira, 5 de novembro de 2013


No 'Experimenta', arquiteta Sandra Moura defende produto universal, sem esquecer as raízes

Relatou diversos projetos que participou e como encontrou soluções que podem ser obtidas com materiais locais
Economia | Em 05/11/13 às 09h31, atualizado em 05/11/13 às 09h38 | Por Álisson Arruda/Jornal Correio da Paraíba
Diego Nóbrega (Jornal Correio da Paraíba)
Sandra Moura em palestra no Experimenta
O design paraibano precisa aplicar a cultura popular do próprio estado para ser reconhecido. Foi o que defendeu nessa segunda-feira (4) a arquiteta Sandra Moura na abertura do Experimenta - Semana de Design da Paraíba. Empresários, profissionais e estudantes estão unidos esta semana discutindo inovações para o setor nos seus diversos segmentos, como design de interiores, moda, iluminação, joias ou gráfico.
“Precisamos ter todas as referências históricas da infância, adolescência, juventude, do lado profissional, da vida como viajante, para poder captar e adquirir todo o conhecimento e ter como produto um projeto de arquitetura”, destacou. Segundo ela, é preciso fazer um produto universal sem esquecer as raízes culturais, incorporando o trabalho de artesãos. “O produto só vai se tornar universal quando todos esses conceitos estiverem enraizados”, frisou Sandra Moura.
Durante a palestra, que abriu o evento, a arquiteta relatou diversos projetos que participou e como encontrou soluções que podem ser obtidas com materiais locais, mas que precisam de um olhar diferenciado para serem utilizados. Exemplos disso foram estruturas feitas com madeiras da região, decoração com bonecas de pano ou livros de cordel, e até luminárias produzidas com bucha vegetal ou colher de pau utilizados em hotéis e restaurantes.
De acordo com um dos organizadores do Experimenta, Fabrício Vieira, o evento é uma oportunidade para que profissionais renomados possam contar experiências, mostrar o que há de melhor nos outros países e o que pode ser aproveitado da própria região. “Foi um evento programado para fazer a integração para que todos possam conhecer o design paraibano. Os palestrantes vieram para dar a vontade de querermos fazer e aparecer no mercado”, afirmou.
A secretária de Comunicação do Estado, Estelizabel Bezerra, destacou que o setor tem muita concorrência, mas garante muitas oportunidades. “Nunca vi um campo em expansão tão grande como esse porque tudo hoje é representação, é transformação, é a busca de tentar transformar as coisas em realidade. Existe um campo muito fértil para imaginação e para capacidade de reutilização das riquezas que temos e nesse sentido o Nordeste tem um potencial, uma das culturas populares mais ricas do mundo”, frisou.
A Semana de Design segue até o próximo domingo (10) com workshops, mesas redondas, desfiles e bazar para que os participantes troquem conhecimento. O evento é realizado pelo Instituto Federal da Paraíba (IFPB), a Pré-Comissão Organizadora do NDesign (PréCONDe Parahyba), a Fundação de Educação Profissional e Tecnológica da Paraíba (Funetec-PB) e o Sebrae-PB. As atividades ocorrem na Casa Rosada, que foi um dos primeiros locais de fomento e desenvolvimento do design no Estado.

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