quinta-feira, 23 de maio de 2013

Professores do estado paralisam por três dias em protesto contra a política salarial de Ricardo Coutinho

Amanhã, quinta-feira e sexta-feira, cerca de 10 mil professores da rede estadual de ensino da Paraíba paralisam suas atividades e deixam mais de 200 mil alunos sem aulas, em defesa da escola pública estadual, pela imediata revisão do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração, pela exclusão do anexo um da Medida Provisória nº 204 do Governo do Estado, pela paridade dos vencimentos entre professores ativos e inativos e pela urgente melhoria das gratificações de direção das escolas. As 14h00 do dia 22/05, os docentes farão concentração e ato público em frente ao colégio Lyceu Paraibano.


Quem informa é o presidente da APLP (Associação dos Professores de Licenciatura Plena), Francisco Fernandes, que coloca como uma das principais reclamações da categoria a necessidade de serem recebidos pelo Governador, ao destacar que "nunca houve na história da Paraíba um distanciamento tão absurdo entre o Governador e os servidores públicos estaduais. E não por culpa, desinteresse ou omissão desses, mas por omissão, desinteresse e culpa daquele".


Chegamos ao terceiro ano de mandato, prossegue, e o Sr. Ricardo Coutinho não se digna em tratar diretamente com as entidades das categorias, que compõem o universo dos servidores estaduais. A propalada data-base do reajuste salarial, é uma decisão unilateral sem levar em consideração as reivindicações dos servidores. Por conta disso são cometidos equívocos, são descumpridos direitos e são relegadas conquistas.

Os salários

A paralisação se faz necessária, destaca a direção da APLP, porque "exercendo uma política de desrespeito à carreira dos profissionais em Educação da Rede Estadual de Ensino, de flagrante achatamento salarial, o atual Governo do Estado da Paraíba achou por bem, de forma impositiva, ignorar a luta histórica da categoria, reduzindo-a a ínfimos reajustes salariais sem a observar a qualificação e a progressão correspondente, em um desmonte completo do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração".
Por fim a direção da entidade relaciona "os piores salários de níveis superiores do Estado e também os piores salários da Região Nordeste", pagos pelo Governo: professor com Licenciatura Plena, em final de carreira (30 anos) R$ 1.748,60; professor com Especialização, em final de carreira (30 anos) R$ 1.821,46; professor com Mestrado, em final de carreira (30 anos) R$ 1.894,32; e professor com Doutorado, em final de carreira (30 anos) R$ 1.967,18.

FONTE - APLP/PB

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